sábado, 30 de março de 2013

ALGUMAS OBSERVAÇÕES COLOCADAS NO FACEBOOK


#Regularização da profissão de empregada domestica. A principal preocupação dos patrões não é o pagamento dos direitos dos trabalhadores, na realidade é saber como poderão fiscalizar se o tempo em que elas passam na casa do patrão se realmente está produzindo para o patrão. Ou seja, tempo[trabalho] é dinheiro para Marx: MAIS-VALIA. Quando eles não pagavam o tempo sem “trabalhar”, mas à disposição deles, era mais vantajoso.

#O novo papa Jorge Bergoglio, FRANCISCO, repete sempre que a igreja seja uma igreja para os pobres e dá exemplos de templos e gestos humildes para exemplificar. Isso reforça a critica de nós comunistas sobre as religiões assim como do modo de produção capitalista, onde a riqueza é para poucos. Por que ele não prega uma igreja rica voltada aos pobres? Seria melhor, assim seus fiéis não passariam por seus calvários.

#Os presidentes das mais diversas comissões: direitos humanos, de ética, meio ambiente etc, realmente representam algo. Representam os mais podres setores da sociedade: corruptos, desmatadores, homofóbicos, racistas, ditadores...

#O "sonho" de desenvolvimento da região centro leste do Maranhão com usina termoelétrica e exploração de gás natural corre sérios riscos de não ser concretizada, a exemplo da refinaria Premium de norte. Com a crise internacional e a evasão de investidores ao projeto, Aike Batista vem sofrendo com desvalorização das ações de OCX e outra empresas. O capitalismo é assim, se o projeto não tem lucros concretos, a especulação nas bolsas escolhe outras prioridades.

#Marcos Feliciano, o pastor presidente da Comissão de Direitos Humanos cumpre uma tarefa mais que tendenciosa - Religiosa -, ele conseguiu tirar o foco de uma picareta maior que voltou à direção do Senado Federal, Renan Calheiros. Esse é uma tarefa para dar mais comodidade ao governo neoliberal do PT.

#Quando a luta de classe não é a via escolhida por muitos partidos, ai vem os “movimentos” eleitorais: “Via Alternativa Popular (VAP)” e “DIALOGOS PELO MARANHÃO”, reforçando a velha justificativa que elas são melhores para gerenciar o estado capitalista, dizendo à elite que não vão mudar nada e enganando os pobres dizendo que vão mudar tudo.

sexta-feira, 22 de março de 2013

CÂMARA DE VEREADORES: TRÊS MESES DE PICADEIRO

Passados quase três meses de 2013 e 15 sessões ordinárias (15 dias de “trabalho”, - 2 audiências públicas - ) e desembolsados R$631.323,00 dos cofres públicos para o pagamento apenas dos subsídios dos edis, vamos a algumas estatísticas do “custo benefício”:

Tivemos 119 indicações (pedidos) dos mais variados tipos ao poder executivo principalmente para as secretarias de Infraestrutura, saúde e Educação. Pedidos de asfaltamento de vias, drenagem, construção de um posto de saúde (indicado até o endereço específico, na Rua 17, em frente à Escola Guilherme Dourado), construção e reforma de postos de saúde, de escolas e quadras poliesportivas.

Houve também 8 projetos que vão desde o que dá direito à quem aniversaria ter direito a folga, aumento de salários de servidores, mudança de nome da sala de imprensa e de incentivo à leitura.

Até parece que para realizar o trabalho de pedir (indicar) a população precisaria manter uma pessoa trabalhando 3 dias por semana em 3 horas, recebendo os valores que eles recebem. Os trabalhadores da periferia passam 24 horas, 365 dias por ano, durante suas vidas todas pedindo e o resultado é o mesmo da função dos vereadores, o prefeito está se lixando para os pedidos, só atende alguns quando há possibilidade de ganhar algo em troca, voto, pra ele ou pra quem é o seu apadrinhado.

Mas como os que estão lá são os “representantes do povo”, “conhecedores dos caminhos” “capacitados” fica ainda mais feio o papel de bobos da corte do poder executivo. Nenhuma dessas indicações têm si quer um embasamento no orçamento público municipal, alias aprovado sem que eles tenham conhecimento, se sabe até que vereadores assinam documento sem ler, olha que têm até diploma superior! Prestação de contas pra eles é um monte de números e letras e fotos numa apresentação em data show para ser assistido, quando comparecem a esse momento “sublime” da administração pública.

Essa é a continuação do parlamento burguês, não importa se hoje há oposição, se os que aderem ao parlamento burguês aceitam suas regras, seus decoros, seus jogos de discursos vazios para um plenário vazio e sem voz. Viva a democracia dos ricos.

domingo, 17 de março de 2013

Desgoverno do Maranhão, MA 122

Governo do Maranhão e empreiteira Terramata drenam dinheiro em maquiagens em obras de tapa-buracos na MA 122 que liga João Lisboa à Amarante do Maranhão. Isso mostra que manter as péssimas condições das estradas maranhenses é muito lucrativo para empresas ligadas à oligarquia e os políticos dessa quadrilha de colarinho branco.

Isso a propaganda institucional não mostra:


Vídeo feito por telefone celular 

sábado, 16 de março de 2013

PROGRAMA DE REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA OU GRILAGEM GOVERNAMENTAL?

Só quem não conhece a legislação Burguesa – que garante a propriedade privada -, governos para os ricos e uma arapuca armada podem acreditar nas boas intenções de um programa de regularização fundiária tendo como argumento a legislação vigente e a estrutura ocupacional como a da cidade de imperatriz, e achar que por trás disso há uma boa intenção do gestor.

Para dar qualquer passo visando o objetivo – regularização fundiária – essa gestão há cinco anos deveria ter feito um levantamento (atualização) imobiliária (legalizadas ou não), reconhecer o Plano Diretor aprovado no governo Jomar Fernande/PT e desconsiderado pelo Governo Ildon Marques/PMDB, e adequar a legislação municipal ao estatuto das cidades. Desconheço qualquer dessas iniciativas, a não ser que tenha sido realizado dentro do gabinete dos secretários, aprovado pela câmara sem discussão, e sem debate com a população em audiências públicas sobre os problemas e soluções.

A regularização pode ser feita com o cidadão indo até a tal secretaria e apresentando documentos comprobatórios da posse do terreno ou da casa onde reside e a prefeitura ficar responsável de proceder os tramites necessários para a emissão do título definitivo, simples assim? Claro que não, apesar da propaganda passar essa ideia, o procedimento é muito, mas muito mais complexo: Além da legislação que citei acima será preciso várias consultas em cartórios e outros órgãos para saber se não algum litígio na área ocupada, mesmo que hoje não se tenha nenhum conflito, isso não quer dizer que ao descobrir o proprietário “legal” – mesmo que o documento seja fruto de uma grilagem – o processo terá uma tramitação mais complexa.

A secretaria de regularização fundiária poderá fornecer o título definitivo de posse a uma construção erguida em áreas impróprias, sobre córregos, por exemplo? Dificilmente, aliás, haverá processo de indenizações sobre as benfeitorias ao encontrarem construções nessas condições que não será possível a regularização?  A prefeitura tem dinheiro para isso? Tem terrenos do município que possam fazer remanejamento dessas populações? Quem viu o que está acontecendo com o processo similar com os moradores atingidos pelo PAC deve imaginar do que estou falando.

Mas essa preocupação toda do poder público em regularizar as moradias dos trabalhadores? Claro que não. Como a prefeitura poderia regularizar os eventuais imóveis e terrenos dos ricos que o apoia – que não estão totalmente legalizados - sem incluir na proposta os trabalhadores moradores da periferia? Não, mas entre os membros das duas classes sociais – ricos e trabalhadores – quem terá mais condições legais e financeiras para atender os requisitos à regularização?

Ou seja, esse processo vai servir para o poder público justificar desocupações – vide pinheirinho em São José dos Campos /SP -, e legalização sem onerar muito a elite imperatrizense que a nosso ver é o foco principal.

quinta-feira, 14 de março de 2013

INDICAÇÃO DO EDUCADOR POPULAR ACRÍSIO MOTA: 130 ANOS SEM MARX


Discurso de Engels no funeral de Karl Marx


“Em 14 de março, quando faltam 15 minutos para as 3 horas da tarde, deixou de pensar o maior pensador do presente. Ficou sozinho por escassos dois minutos, e sucedeu de encontramos ele em sua poltrona dormindo serenamente — dessa vez para sempre. O que o proletariado militante da Europa e da América, o que a ciência histórica perdeu com a perda desse homem é impossível avaliar. Logo evidenciará-se a lacuna que a morte desse formidável espírito abriu.

Assim como Darwin em relação a lei do desenvolvimento dos organismos naturais, descobriu Marx a lei do desenvolvimento da História humana: o simples fato, escondido sobre crescente manto ideológico, de que os homens reclamam antes de tudo comida, bebida, moradia e vestuário, antes de poderem praticar a política, ciência, arte, religião, etc.; que portanto a produção imediata de víveres e com isso o correspondente estágio econômico de um povo ou de uma época constitui o fundamento a parir do qual as instituições políticas, as instituições jurídicas, a arte e mesmo as noções religiosas do povo em questão se desenvolve, na ordem em elas devem ser explicadas – e não ao contrário como nós até então fazíamos.

Isso não é tudo. Marx descobriu também a lei específica que governa o presente modo de produção capitalista e a sociedade burguesa por ele criada. Com a descoberta da mais-valia iluminaram-se subitamente esses problemas, enquanto que todas as investigações passadas, tanto dos economistas burgueses quanto dos críticos socialistas, perderam-se na obscuridade. Duas descobertas tais deviam a uma vida bastar. Já é feliz aquele que faz somente uma delas. Mas em cada área isolada que Marx conduzia pesquisa, e estas pesquisas eram feitas em muitas áreas, nunca superficialmente, em cada área, inclusive na matemática, ele fez descobertas singulares.

Tal era o homem de ciência. Mas isso não era nem de perto a metade do homem. A ciência era para Marx um impulso histórico, uma força revolucionária. Por muito que ele podia ficar claramente contente com um novo conhecimento em alguma ciência teórica, cuja utilização prática talvez ainda não se revelasse – um tipo inteiramente diferente de contentamento ele experimentava, quando tratava-se de um conhecimento que exercia imediatamente uma mudança na indústria, e no desenvolvimento histórica em geral. Assim por exemplo ele acompanhava meticulosamente os avanços de pesquisa na área de eletricidade, e recentemente ainda aquelas de Marc Deprez. Pois Marx era antes de tudo revolucionário. Contribuir, de um ou outro modo, com a queda da sociedade capitalista e de suas instituições estatais, contribuir com a emancipação do moderno proletariado, que primeiramente devia tomar consciência de sua posição e de seus anseios, consciência das condições de sua emancipação – essa era sua verdadeira missão em vida. O conflito era seu elemento. E ele combateu com uma paixão, com uma obstinação, com um êxito, como poucos tiveram. Seu trabalho no 'Rheinische Zeitung' (1842), no parisiense 'Vorwärts' (1844), no 'Brüsseler Deutsche Zeitung' (1847), no 'Neue Rheinische Zeitung' (1848-9), no 'New York Tribune' (1852-61) – junto com um grande volume de panfletos de luta, trabalho em organização de Paris, Bruxelas e Londres, e por fim a criação da grande Associação Internacional de Trabalhadores coroando o conjunto – em verdade, isso tudo era de novo um resultado que deixaria orgulhoso seu criador, aindaque não tivesse feito mais nada.

E por isso era Marx o mais odiado e mais caluniado homem de seu tempo. Governantes, absolutistas ou republicanos, exilavam-no. Burgueses, conservadores ou ultra-democratas, competiam em caluniar-lhe. Ele desvencilhava-se de tudo isso como se fosse uma teia de aranha, ignorava, só respondia quando era máxima a necessidade. E ele faleceu reverenciado, amado, pranteado por milhões de companheiros trabalhadores revolucionários – das minas da Sibéria, em toda parte da Europa e América, até a Califórnia – e eu me atrevo a dizer: ainda que ele tenha tido vários adversários, dificilmente teve algum inimigo pessoal. Seu nome atravessará os séculos, bem como sua obra!” 

Friedrich Engels.

terça-feira, 12 de março de 2013

REVISTA VALOR ECONOMICO CONFIRMA INFORMAÇÃO PUBLICADA EM NOSSO BLOG SOBRE SUZANO

A revista de economia “Valor Econômico” confirma informação publicada em nosso blog sobre a crise da Suzano em territórios do Maranhão e Piauí.

Post publicado em nosso blog em 15/02/2013 – “SUZANO ESTÁ EM PROCESSO DE ENCERRAMENTO DE PRODUÇÃO NO BAIXO PARNAÍBA” é confirmado pela revista valor econômico de hoje.

Ambos os posts repercutiram no blog Território Livres do Baixo Parnaíba
Leiam matéria do site Valor Econômico abaixo:

Suzano suspende os projetos Suzano Energia Renovável e Piauí

SÃO PAULO - A Suzano Papel e Celulose decidiu suspender o Projeto Piauí e o Suzano Energia Renovável “por tempo indeterminado”, segundo fato relevante enviado nesta terça-feira à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor, antecipou a notícia ontem.
A unidade de produção de celulose no Piauí foi anunciada em 3 de setembro de 2010, ressaltou a companhia. Já o empreendimento de fabricação de pelotas de madeira teve o investimento divulgado em 29 de julho do mesmo ano.
retomada dos projetos está atrelada a índices de endividamento do grupo. Segundo a apresentação arquivada na CVM para a teleconferência dos resultados do quarto trimestre, a alavancagem financeira da Suzano precisaria cair a 2,5 vezes.
A relação entre a dívida líquida e o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da empresa, que segue a alavancagem, terminou dezembro em 5 vezes, após chegar ao fim de 2011 em 4,2 vezes.
Na mesma comparação, o endividamento líquido da Suzano cresceu 16,7%, atingindo R$ 6,38 bilhões. A dívida bruta — que não considera o caixa da companhia — subiu 22,6%, para R$ 10,72 bilhões.
Também nesta terça-feira, a empresa anunciou que teve prejuízo líquido de R$ 182,1 milhões em 2012, frente ao lucro líquido de R$ 29,9 milhões registrado um ano antes.
Investimento em 2013
A Suzano manteve os planos de investir R$ 3 bilhões ao longo deste ano, a despeito da suspensão dos dois projetos. Conforme a companhia, desse orçamento, R$ 2,3 bilhões serão direcionados à fábrica de celulose que está em construção no Maranhão. Uma parcela de R$ 558 milhões será aportada em manutenção das operações, e outros R$ 148 milhões correspondem a investimentos de melhoria operacional.
Em 2012, o investimento total realizado pela companhia foi de R$ 2,8 bilhões ante estimativa inicial de R$ 3 bilhões. A diferença, conforme a Suzano, “é explicada por pagamentos a fornecedores que foram postergados, sem comprometer o avanço físico da obra [no Maranhão], que segue conforme planejado”.

sexta-feira, 8 de março de 2013

A LUTA DAS MULHERES É A LUTA DA CLASSE TRABALHADORA


"O proletariado não pode atingir a liberdade completa sem conquistar a plena liberdade para a mulher."
Lenin 

Não é de hoje que as mulheres brigam por seu espaço na sociedade. Voto feminino, creche nos locais de trabalho, salário igual por trabalho igual, penalização ao estupro, legalização do aborto, etc., fazem parte de uma extensa jornada de lutas que, há muitas décadas, mobilizam mulheres do mundo inteiro. Não há dúvidas de que, em muitos aspectos, conseguimos importantes avanços. Mas num sistema que se reproduz no acirramento das desigualdades, nenhuma vitória é definitiva. É preciso seguir lutando.

A luta contra a opressão e exploração da mulher deve ser encarada, por homens e mulheres, como uma atividade cotidiana. E deve ser uma de nossas principais batalhas nos sindicatos e no movimento. Isso não significa nos afastarmos das lutas mais gerais da sociedade, contra os governos, os patrões e o capitalismo, mas de combiná-las com as reivindicações mais específicas da luta das mulheres. Pois não há saída para as mulheres dentro do sistema capitalista.

A Secretaria de Mulheres do PSTU é parte desta luta: derrotar a burguesia e instaurar o socialismo em todo o mundo. Por uma sociedade sem desigualdade, preconceito, injustiça.

terça-feira, 5 de março de 2013

CONTRA-CORRENTE: Como se oculta o desemprego no Brasil

 Brasil: pleno emprego ou pleno subemprego?

Segundo o IBGE, a taxa de desemprego em dezembro de 2012 foi de 4,6%, uma das mais baixas de nossa história. Por causa disso, o governo tem avaliado que estamos vivendo uma situação de quase pleno emprego.
por Daniel Romero

Comparado com a década de 90, quando o desemprego atingiu níveis recordes e um caráter epidêmico, os níveis atuais de desemprego são muito positivos.
No entanto, é pos­sível afirmar que o Brasil está vivendo uma situação de pleno emprego?
Não existe con­senso no país sobre isso. Economistas da FGV afir­mam que sim, mas este passo ainda não foi dado pelo IBGE, pelo governo e muito menos pelo DIEESE.
O Boletim Contra-corrente desta semana analisa a tese do pleno emprego no Brasil.
O que seria pleno emprego e como se mede o desemprego no país?
Como a metodologia do IBGE oculta o fenô­meno do desemprego.
A indústria também estaria vivendo este mo­mento aparentemente tão favorável?
Além disso, a ex­pansão da taxa de ocupa­ção tem rompido com a situação crônica de pre­cariedade que marca as relações de trabalho no Brasil?
Por fim, para os setores mais penalizados, como negros e mulheres, também se poderia falar em pleno emprego?
O pleno emprego chegou?
De acordo com o IBGE, por meio da Pesquisa Men­sal de Emprego (PME), a taxa de desemprego no país em Dezembro de 2012 foi de 4,6%.
Este dado se refere à média das seis Regiões Metropolitanas pesquisa­das pelo Instituto: Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.
Para o próprio IBGE, responsável pelos dados oficiais no país, ainda não é possível falar em pleno emprego. Da parte do governo, existe uma euforia travestida de cau­tela, pois a situação é classificada sempre como de quase pleno emprego, sugerindo que o mesmo será alcançado em algum futuro próximo.

O que é pleno emprego
Na concepção liberal, o pleno emprego é quando há um equilíbrio entre a oferta e a procura de tra­balhadores no mercado; uma taxa de desemprego em torno de 02 a 03% se­ria um termômetro de uma situação como essa.
Esta concepção tem vários problemas, primei­ro porque parte de um pressuposto de que a eco­nomia capitalista tende ao equilíbrio.
Segundo, não faz ne­nhuma diferenciação das várias formas precárias de ocupação, que são ex­pressões de um tipo par­ticular de desemprego, principalmente nos países pobres.
Para Marx, o desem­prego é um contingente da população necessário à acumulação do capital, que se mostra disponível para o mesmo, como um “exército de reserva”, as­sumindo formas muito variadas.
Numa interpretação mais recente, Ruy Braga denomina este exército de reserva de Precariado, que é composta pela “fração mais mal paga e explorada do proletariado urbano e rural” e, justa­mente por isso, essenciais à reprodução do capitalis­mo periférico (A Política do Precariado. Boitempo, 2012, p. 19).
Sob esta perspectiva, é mais correto falarmos que o Brasil está vivendo um pleno subemprego.

O pleno subemprego

A dificuldade em se medir o desempre
go em um país cuja precariedade é a regra do mercado de trabalho pode ser perce­bida pelas diferenças nos dados entre o IBGE e o DIEESE. 
 

Segundo o DIEESE, por meio da Pesquisa de Emprego e Desemprego, a taxa de desemprego no Brasil também em dezem­bro de 2012 na média das Regiões Metropolitanas e o DF foi de 9,8%, mais do que o dobro dos dados ofi­ciais do IBGE.
As diferenças por região podem ser ainda maiores, como mostra o quadro.
Mas, o que justifica tamanha disparidade?

Como se oculta o desemprego no Brasil

Para entender como se mede o desemprego no país, podemos começar com a história do jovem que mora em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, e que recém termi­nou o curso técnico em Mecânica.
Enquanto não con­segue emprego em uma grande montadora, como planejou a vida toda, tra­balha na pequena oficina mecânica do tio.
O salário nunca foi formalmente definido, mas todo mês ele recebe uma “ajuda” variável do generoso parente, mesmo que ela nunca alcance se­quer meio salário mínimo.
Também podemos citar o caso das duas ami­gas que vivem em um bairro periférico de Porto Alegre e que foram dis­pensadas por uma tercei­rizada de uma grande in­dústria de confecção.
Uma delas, enquanto se aperta com a aposen­tadoria do marido, con­seguiu um bico e uma vez por semana lava as roupas do vizinho da rua de baixo.
A outra amiga fi­cou com tanto ódio do ex-patrão que apostou suas poucas fichas num “negócio próprio”: fez um crédito pessoal, comprou uma máquina de costura, trabalha 12 horas por dia e vende as peças que faz em casa. Por enquanto, tem conseguido pagar em dia as prestações para o banco.
Por fim, também te­mos a história da família de Fortaleza em que o pai já está a tanto tempo de­sempregado que não vai mais toda semana procu­rar emprego.
Este mês, eles esperam poder pagar uma parte das dívidas, porque a filha mais velha conseguiu uma vaga como professora eventual na rede pública e, se faltar muito profes­sor efetivo, vai sobrar al­gumas aulas para ela.
Para o IBGE, todas as pessoas citadas acima curiosamente não seriam consideradas na taxa ofi­cial de desemprego.

Como ocultar o desemprego
A metodologia do IBGE oculta o desem­prego no país por meio de vários elementos.
O mais absurdo é aquele que considera em­pregada qualquer pessoa que tenha realizado um trabalho por 60 minutos durante o mês e tenha recebido qualquer quan­tia, como lavar um carro e receber R$ 10 pelo ser­viço.
Além disso, se o desempregado não tiver buscado trabalho durante a semana em que a pesquisa é realizada, ele já é considerado como inativo (ou seja, não é um desem­pregado).
Por fim, se alguém se identificar como autôno­mo, como uma das amigas de Porto Alegre, também está fora dos dados ofici­ais de desemprego.

Uma mudança na metodologia do IBGE poderia resultar em do­brar os índices oficiais de desemprego, algo que ne­nhum governo parece dis­posto a fazer. É mais fácil conviver com a ficção do pleno emprego.



O rosto do desemprego

Se não é correto identificarmos uma situação de pleno emprego no país, a situa­ção se torna ainda mais flagrante quando olhamos para os setores mais pre­carizados: as mulheres e a população negra.
E não adianta vir com aquela resposta pronta de que o problema se resume à falta de qualificação, pois as mulheres têm mais tempo de escolaridade do que os homens e isso não lhes garantem condições melhores de emprego e renda.
O crescimento econômico e a redução do desemprego no último decênio não eliminaram a desigualdade histórica que marca a população feminina e negra.
Em algumas cidades brasileiras, as mulheres negras têm índices de de-semprego próximos aos da Espanha, que vive uma das maiores crises da sua história.



domingo, 3 de março de 2013

A unidade da classe é fundamental para qualquer vitória!

Lugar de mulher é no PSTU! 8 de março na luta contra o machismo e contra toda forma de opressão e exploração a mulher trabalhadora!


Lugar de mulher é na Revolução! Venha construir o PSTU!

sexta-feira, 1 de março de 2013

DEBATE SOBRE TRANSPORTE PÚBLICO, OBSERVAÇÕES

Na audiência pública realizada na Câmara Municipal, nesta quinta-feira (28/02) em Imperatriz, para debater sobre o caos em que se encontra a prestação de serviço de transporte público mais uma vez os vereadores deram uma prova de suas inoperâncias e mais, do descolamento com as demandas da comunidade. O teatro entre tropa de choque do governo Madeira e a dita oposição deu um belo espetáculo da cena política imperatrizense, nada mais que a mera disputa pelo poder de seus partidos ou pessoais.

Sem sombra de dúvida o proveito que se tira do evento foi à participação de estudantes, trabalhadores, lideranças populares ao refutar com palavras de ordem os argumentos dos vereadores da base do governo e dos empresários do setor.

Observamos que tanto o governo, os vereadores – situação e oposição – são a favor da quebra do contrato com a atual empresa VBL que tem a maior fatia da concessão, apesar disso, o posicionamento pessoal de não dar espaço político uns aos outros tornou o debate em um verdadeiro pastelão, pizza só no Congresso Nacional.  O único que teve um discurso no caminho da solução dos problemas, seja com a correção dos erros por parte da empresa, seja pela quebra do contrato foi do promotor Sandro Bíscaro, abafado pelos egos do poder.

No consenso de que a empresa não está cumprindo com suas obrigações contratuais surgiu uma pulga atrás da orelha: Já que a “solução” mais defendida é a quebra do contrato – até deram exemplo de “qualidade” à outra empresa que também presta serviços em Imperatriz, e que esses ali não dão ponto sem nó, qual “nova” empresa se beneficiaria? Sim, pois para os usuários não haverá beneficio algum, continuarão sendo assaltadas ao pegar o ônibus – 2,30 é um roubo! E os idosos desrespeitados.

Não podemos deixar passar também mais uma observação, os vereadores do “bloco de oposição” que se dizem de esquerda, da juventude e dos movimentos sociais (Rildo Amaral, Aurélio, Marco Aurélio e Carlos Hermes) – Carlos Hermes foi dirigente da UMES – nesses momentos é que se precisa conquistar direitos e/ou ampliá-los,  ficaram bitolados em replicar as críticas, pedir providências do governo e a quebra do contrato, mas não chegaram a citar uma bandeira histórica do movimento estudantil, PASSE-LIVRE,  tampouco do valor que é cobrado em Imperatriz.  Esse é o resultado da adaptação ao parlamento burguês.

Vamos hoje à manifestação organizada pelo movimento #ForaVBL, às 17hs (concentração na frente da UFMA). É nas ruas que se fortalece o debate e a luta.

Só a luta muda a vida.